Quando a polícia prende em flagrante, deve chamar alguém do povo, para que sirva como testemunha imparcial. O correto é evitar que o policial deponha. No entanto, na prática, o testemunho policial é maciço, gerando riscos de provas forjadas etc.
“Em 53,79% das condenações por tráfico de drogas no Rio de Janeiro, a palavra dos policiais foi a única prova usada pelo juiz para fundamentar sua decisão; e em 71,14% eles foram as únicas testemunhas dos processos;
é o que aponta pesquisa produzida pela Defensoria Pública fluminense e pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça; de acordo com a pesquisa da Defensoria, muitas dessas decisões são fundamentadas com a Súmula 70 do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; o verbete diz que o fato de apenas policiais serem testemunhas “não desautoriza a condenação”.
Este tipo de prova é frágil. O correto é que o Estado busque provas melhores.