Os católicos e o direito de militar em partidos socialistas trabalhistas democráticos, não anticlericais etc

Nas encíclicas de João XXIII e de Paulo VI, há a mesma linha de aproximação entre católicos e trabalhistas socialistas democráticos, uma linha praticada na Europa, após a 2ª. Guerra, em inúmeros governos de coalização entre católicos, trabalhistas e socialistas democráticos.

Esta linha de síntese foi a linha de Amintore Fanfani, aprofundada por Aldo Moro, Giulio Andreotti e tantos outros, que aceitaram governos de coalização com os socialistas e com os comunistas, na Itália.

Em menor grau, também foi a linha de Alcides de Gasperi, Robert Schuman (na França) e Konrad Adenauer, na Alemanha, que fizeram governos em coalização e aliança com os socialistas democráticos.

Idem para todo o Norte da Europa, para a Índia, o Congresso Nacional de Mandela na África do Sul, na aproximação e aliança dos católicos com vários partidos socialistas na África, na Oceania, na América Latina etc. 

O ideal de democracia social e popular foi bem destacado e atacado inclusive por correntes pseudo-católicas, como a antiga TFP (ligada ao grande capital, à CIA etc).

As obras da antiga TFP (hoje, após a morte de Plínio Correa, a TFP livrou-se dos antigos “líderes” e alinhou-se à CNBB) atacavam a linha do Vaticano II e da CNBB e descrevem claramente a reaproximação entre catolicismo e socialismo democrático.

A antiga TFP mostra, em seus livros, a aproximação do movimento da democracia cristã com o socialismo democrático, aproximação que teve como estrelas homens como Alceu Amoroso Lima.