Platão queria o governo das pessoas boas, simples. Pessoas remediadas, medianas, nem miseráveis e nem opulentas, com prazeres simples, prazeres intelectuais, emocionais etc. Aristocracia verdadeira é preocupar-se com o bem comum, tendo isso como centro da vida.
Os “guardiões” (agentes públicos) de Platão, na “República”, não têm bens particulares, pois só dedicam, exclusivamente, ao bem do povo.
Platão e Aristóteles consideravam a tirania e a oligarquia os piores regimes possíveis.
No livro “Leis”, Platão esboçou a idéia de uma economia mista com ampla regulamentação e planificação pública, ficando próximo a posição de Aristóteles, na “Política”, baseada principalmente na difusão (distributismo) da pequena propriedade familiar camponesa e artesã, complementada com grande patrimônio público, extenso Estado social, econômico.
A mesma fórmula de Rousseau, exposta nos esboços que fez para a Constituição da Polônia e da Córsega. O mesmo ideal de Mably e dos Santos Padres.
Bem próximo, também, do ideal de Moisés.
Trata-se do ideal de uma sociedade sem ricos e sem miséria, de mediania, de igualdade social e política.
Todas as pessoas devem ter bens suficientes e necessários para uma vida digna e plena, formando estes bens como que uma esfera ou “muro de proteção” (“chomá”, em hebraico), junto com um grande patrimônio público, banco público, para ajuda (subsídios) ao trabalho humano não reificado.