Jean Guitton – reconciliação da Igreja com a Democracia popular, com Estado social e econômico

Jean Guitton (1901-1999), inspirado em Newmann e Bergson), ensinou que a filosofia cristã é o humanismo, a filosofia decorrente das luzes naturais da razão humana. Guitton foi ecumênico, participando nos Encontros de Malines, em 1925, com o Cardeal Mercier e com Lord Halifax.

Guitton foi o primeiro leigo a intervir no Concílio Vaticano II, participando da primeira sessão, por convite de João XXIII. Guitton deixou obras como “O desenvolvimento das idéias no Antigo Testamento” e “Diálogos com Paulo VI”. Jean Guitton era irmão de Henri Guitton, um economista.

O ideal de Jean Guitton era reconciliar as idéias da Revolução Francesa com as idéias tradicionais cristãs da França. No fundo, Paulo VI, Guitton e o então Cardeal Ratzinger entendiam que o Concílio Vaticano II era “o Anti-Syllabus” (expressão usada por Ratzinger, no livro “Teoria de los princípios teológicos”, Barcelona, Ed. Herder, 1985, p. 457). A reconciliação do Catolicismo com a Democracia popular, com o Estado social e econômico.