A teologia da libertação e a democracia popular econômica trabalhista

A repartição de bens é algo que exige ação constante do Estado, democracia econômica dinâmica.

João Paulo II, na “Dives in Misericordia” (30.11.1980), explicou que a “essência da justiça” é uma constante busca e estabelecimento da “igualdade”, do “equilíbrio entre as partes”, entre as pessoas.

Paulo VI chamou a paz, fruto da justiça, de “equilíbrio” em movimento.

Há boas obras que criticaram a concentração do poder, como “Os donos do poder”, de Raymundo Faoro, que passou a vida lutando pela “participação popular” no poder, embora sua obra seja imperfeita, pois não frisava a importância da igualdade social.

Outro livro essencial é “A ditadura dos cartéis” e outras obras de Kurt Mirow; os livros de Lawdislau Dowbor sobre a exploração dos trabalhadores e das áreas mais pobres do país; o livro de John dos Passos sobre os males do grande capital, como corruptor do Estado; os textos críticos de Thorston Veblen e outras boas obras.

As últimas obras de autores como Palmiro Togliatti também se aproximam das teses do socialismo democrático, da Democracia popular trabalhista, por uma democracia participativa, e são bem compatíveis com os textos da doutrina social e da teologia da libertação.