Moisés Mendelssohn, um grande judeu amigo e próximo do cristianismo

Moisés Mendelssohn (1729-1786) é um grande exemplo da ligação das idéias hebraicas com a democracia e da amizade hebraico cristã.

Mendelssohn escreveu o livro “Sobre a pergunta: que significa iluminismo”, 1784; e o livro “Tratado sobre a autoridade eclesiástica e o judaísmo” (1783, obra também conhecida como “Jerusalém”, elogiadíssima por Kant).

Nesta última obra, vejamos a conclusão de Mendelssohn:

“… em toda circunstância e condição, considero a democracia um padrão fixo de bom governo, tanto mais benéfico para os que lhe estão sujeitos quanto mais o povo for governado pela educação. (…) Convém, pois, que o Estado timbre em governar a humanidade pela moral e pela persuasão”.

“Ora, para aperfeiçoar os princípios dos homens e, através deles, o seu procedimento, não há outro meio que não seja a convicção” (texto colhido no livro de Lewis Browne, “A sabedoria de Israel”, Rio de Janeiro, Edições Biblos Ltda, 1963, p. 559)”.

Mendelsohn escreveu ainda “Fédon, ou a imortalidade da alma” (1767), onde demonstra racionalmente a imortalidade da alma, a existência de Deus, da lei moral natural, do primado da consciência etc.

Os bispos do Vaticano I, tal como Pio X (no juramento anti-modernista), apreciariam estes textos. Mendelssohn foi chamado de “o Platão hebreu” (mesmo codinome de Fílon).

Mendelssohn defendeu Leibnitz contra os ataques de Voltaire e foi um grande apologista da religião natural, criticando o materialismo. Teve, ainda, o mérito de defender idéias democráticas, com textos como os transcritos acima.