Leão XIII, na carta ao Episcopado francês, em 16.02.1892, relembrando que a Igreja aceita a República democrática como forma de Estado e governo, ensinava que “a necessidade social justifica a criação e a existência de novos governos, qualquer que seja a forma que eles assumam”.
Dizia: a “forma política dos poderes civis” e a “maneira” de transmissão do poder são relativas, o ponto central é a criatividade popular, a base da proteção e da promoção do bem comum.
Leão XIII, nesta carta, foi incisivo sobre a subordinação do poder ao povo, ao bem do povo: “encarado na sua natureza”, o poder se constituiu e se impõe “para prover ao bem comum – fim supremo de que deriva a sociedade humana”.