O livro de Jeremy Rifkin, “A economia do hidrogênio” (São Paulo, Ed. M. Books do Brasil, 2003), é uma apologia do hidrogênio como fonte de energia.
John Burden Sanderson Haldane, lá por 1920, foi o grande precursor da ideia do hidrogênio como fonte de energia, que é a mesma fonte do sol e das estrelas.
Antes, houve Henry Cavendish (estudos de 1796) e Lavoisier, em 1785. O primeiro gerador de hidrogênio surgiu em 1794, em Paris. Em geral, o hidrogênio vem da água, usando células eletrolíticas para separar o hidrogênio do oxigênio.
O grande Júlio Verne, em 1874, escreveu o livro “A ilha misteriosa”, onde descreve o processo de produção de hidrogênio, no lugar de carvão.
O grande Júlio Verne coloca o personagem Harding, explicando: “a água, decomposta em seus elementos primitivos, e decomposta, certamente, pela eletricidade, se tornará uma força poderosa e controlável. Sim, meus amigos, creio que a água venha a ser um dia empregada como combustível, que o hidrogênio e o oxigênio que a constituem, usados em conjunto ou separadamente, proporcionam uma fonte inexaurível de calor e luz, cuja intensidade é superior à do carvão. (…) A água será o carvão do futuro”.
Lembro que há água no universo todo, até mesmo no espaço, tal como em outros planetas. E que há hidrogênio solto ou combinado em toda parte do universo. O mesmo ocorre no oceano e nas nuvens. Há hidrogênio em toda parte. E pode ser mantido em depósito congelado, na forma líquida, em pequena área.
A própria Nasa usa e usou hidrogênio em suas naves.
Rifkin também elogia a energia hidrelétrica, eólica, solar e geotérmica, inclusive como matrizes para produzir um pouco de eletricidade, para gerar hidrogênio, por eletrólise.
Rifkin, que escreveu boas obras sobre o Estado social, defende a economia do hidrogênio, pois seria uma matriz energética distributiva. No futuro, o controle oligárquico das grandes corporações econômicas poderá ser erradicado, com a possibilidade da produção de energia nas casas e nas pequenas empresas familiares.
A democratização da energia, e da produção caseira de energia, será um fator fundamental para colocar os pobres no poder, defender o meio ambiente e gerar uma economia distributiva.
Rifkin é apologista das miniusinas de força elétrica, de energia, tal como de uma rede de energia do hidrogênio (HEW). Até os carros poderão gerar energia, serem pequenas usinas.
Este autor sonha com casas produzindo 50 quilowatts. E pequenas firmas gerando 200 quilowatts ou mais de energia, barata e abundante.
Energia para mover motores, produzir bens, iluminar, esquentar, gerar água quente, gerar energia para a rede principal.
As casas e pequenas empresas serão fontes da rede principal pública.