Do site Dowbor.org, do livro “A era do capital improdutivo”:
“As pessoas não entendem o que é um bilionário” [o mesmo vale para um multimilionário].
“Realmente não é uma questão que faz parte do nosso cotidiano: o rendimento financeiro é de tal volume que se traduz apenas em pequena parte em consumo, mesmo de luxo [sequer realimentam a demanda…, inúteis até para isso…]”.
“A maior parte dos rendimentos é reaplicada e a fortuna se transforma numa bola de neve, gerando os super-ricos, os que literalmente não sabem o que fazer com o seu dinheiro”. Evidentemente não faltam assessores, contadores, instituições de aconselhamento para ajudá-los. Como, por exemplo, o próprio Crédit Suisse”.
“Um mecanismo importante resulta da diferença entre o comportamento econômico dos ricos e dos pobres, ou apenas remediados. Na verdade, quem ganha pouco compra roupa para os filhos, paga aluguel, gasta uma grande parte da sua renda em comida e transporte”.
“Quem ganha pouco não compra belas casas, fazendas e iates, menos ainda faz aplicações financeiras de alto rendimento”.
“O pobre gasta, o rico acumula”.
“O gasto do pobre gera demanda e uma dinâmica econômica mais forte, enquanto a acumulação de papéis financeiros apenas drena a demanda e a capacidade de investimento produtivo”.
“Em suma: sem processo redistributivo, aprofundam-se os dramas ambientais, sociais e econômicos. Não se trata apenas de justiça e de decência moral. Trata-se de bom senso quanto ao funcionamento do sistema”.