O Reino de Deus já estava presente, mesmo antes do cristianismo, que apenas ampliou a Comunhão

Santo Agostinho, no livro “A Cidade de Deus”, mostrou como a Cidade de Deus, a presença de Deus no espírito humano, estava e está dispersa na terra e na história. O Reino de Deus é a parte da Cidade humana que se move pelas idéias verdadeiras, em prol do bem comum.

A doutrina de Cristo atuou para “consolidar, completar e elevar a verdade e o bem que Deus difundiu entre as pessoas e os povos, para purificá-los do erro e do mal” (cf. “Catecismo da Igreja”, n. 856).

Foi assim no início, quando o cristianismo deparou-se com a Tradição hebraica e com a Paidéia. Na Paidéia, como destacou o bispo Martins Terra, havia já um fundo religioso-filosófico, que tinha como máximas concreções correntes filosóficas como o platonismo, o aristotelismo e o estoicismo.

Dom Martins Terra apenas repete a lição do grande Bossuet, exposta no livro “Discurso sobre a história mundial” (obra elogiada por Comte).

Bossuet explica que a Providência opera, em geral, por “causas naturais” (cf. Gen 8,22; e Salmo 103 da Bíblia católica), históricas, por “causas nos séculos precedentes”.