O Concílio Vaticano II, no documento “Ad gentes”, cita o discurso de São Paulo, ensinando a importância da inculturação, que é o universalismo, a essência do catolicismo (“católico” é um termo “grego”, usado no Novo Testamento, que significa “universal”, geral, difuso, comum):
“As iniciativas religiosas, por meio das quais os homens procuram Deus de muitas maneiras… precisam ser esclarecidas e corrigidas, ainda que, por um desígnio benevolente da Providência divina, se possa às vezes considerá-las como uma orientação para o verdadeiro Deus ou uma preparação para o Evangelho”.
A Paidéia no sentido lato (não só a grega, mas a persa, a egípcia, a mesopotâmica, a indiana, a chinesa, a japonesa, a indígena, a africana etc), como foi ensinado por vários Santos Padres (São Justino, São Clemente de Alexandria, Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Basílio e outros) e por vários Papas (Leão XIII, Pio X, Pio XI, Pio XII e outros), foi uma “preparação” e “orientação” para o Evangelho.
A Paidéia floresceu sob o terreno da razão natural e da Tradição primitiva, da Religião primitiva, da Paidéia mais antiga, que gerou também o núcleo mais profundo do hinduísmo (que não é reencarnacionista); da religiosidade chinesa, japonesa, corena, vietnamita etc; tal como da religiosidade africana (destaque para os iorubas da Nigéria); da Oceania; e ameríndia, dos índios do continente americano.