Nikolai Berdiaev (1874-1948), no livro “Fontes ou sentido do comunismo russo” (1939), mostrou que o comunismo difundiu-se na Rússia como “uma deformação [secularização] da velha idéia messiânica russa”.
Dentre as causas teóricas da revolução russa, houve correntes cristãs como o tolstoísmo, os elementos cristãos de vários populistas e as formas religiosas do socialismo (entre várias, o grupo judaico “Bund” e o grupo “Construção de Deus”).
Houve, ainda, o rascolnismo (um movimento de cisão entre os ortodoxos, de 1659, que não aceitou ingerência estatal na direção da Igreja ortodoxa) e também o catolicismo presente em alguns rebeldes como Chadaiev.
Leonardo Coimbra escreveu que “o bolchevismo” é “um extremo lógico do Raskol”.
Houve, na Revolução russa, uma influência subterrânea cristã, especialmente de parte dos ortodoxos rompidos com o Czar desde Pedro, o Grande.
Mesmo na China, há e houve um movimento subterrâneo de idéias cristã na Revolução “Taiping” (lá por 1850, explicitamente cristã) e na implantação da República, em 1911.