O ideal de democracia social e popular foi bem destacado e atacado inclusive por correntes pseudo-católicas, como a antiga TFP (ligada ao grande capital, à CIA etc).
As obras da antiga TFP (hoje, após a morte de Plínio Correa, a TFP livrou-se dos antigos “líderes” e alinhou-se à CNBB) atacavam a linha do Vaticano II e da CNBB e descrevem claramente a reaproximação entre catolicismo e socialismo democrático.
A antiga TFP mostra, em seus livros, a aproximação do movimento da democracia cristã com o socialismo democrático, aproximação que teve como estrelas homens como Alceu Amoroso Lima.
Os pontos comuns entre catolicismo e socialismo democrático estão bem descritos no livro do padre Ulisse Alessio Floridi, “O radicalismo católico brasileiro” (São Paulo, Ed. Hora Presente, 1973), traduzido pelo abominável Lenildo Tabosa Pessoa, articulista do asqueroso jornal “O Estado de São Paulo”, jornal que esposa o liberalismo econômico, a defesa do capitalismo, do latifúndio e do imperialismo.
O livro do padre Floridi é texto integrista horrível, mas descreve o “radicalismo católico”, a aproximação e a luta conjunta de católicos e socialistas democráticos. As obras da antiga TFP e da Editora Hora Presente foram financiadas por multinacionais, que atuam sempre em parceria com a CIA.
A CIA financia obras e autores ligados ao liberalismo econômico, inclusive usando a Fundação Ford, a mesma que financiou FHC, em 1969, cerca de quatro meses depois do AI-5.
A esquerda, em 1969, estava sendo chacinada, torturada, morta. Enquanto isso, na calada da noite, FHC recebia cerca de um milhão de dólares, da Fundação Ford, chefiada pelo ultra golpista McBundy, para elaborar textos defendendo uma teoria da dependência onde elogiava o capital internacional, ou seja, pregando a dependência.
A CIA, na Itália e no Brasil (como no Chile e em outros países), sempre buscou evitar a parceria entre católicos e socialistas democrático.
Há a mesma descrição do ideal de uma democracia popular, como ideal histórico da Igreja, no livro de J. Grigulévich, “La Iglesia Catolica y el movimento de liberacion” (Moscou, Ed. Progresso, 1984).
O livro de Grigulévich é um livro aprovado e redigido pela cúpula do antigo Estado soviético. Os textos da TFP, de Plínio Correa (influenciado pela CIA), são muito eloquentes, mostrando as ligações do catolicismo com a democracia participativa, com o ideal de autogestão e de bem comum.
Como fica claro, várias fontes diversas descrevem o mesmo ideal histórico da Igreja, o ideal de uma democracia popular, baseada na melhor da filosofia cristã.