O abade de Saint Pierre, Montesquieu, o padre Morelly, o padre Mably e seu irmão o padre Condillac, o padre jesuíta Raynal (1713-1796), Rousseau, Jefferson, Thomas Paine, o padre Sieyés, Robespierre, Saint-Just (1767-1794), o bispo Gregório, Camillo Desmoulins, o pastor Price, Volney (ver “A lei natural”, 1793), Marat, o bispo Claude Fauchet, o padre vermelho Jacques Roux, Babeuf, Buonarrotti e outros jusnaturalistas adotavam a tese jusnaturalista sobre a origem social do Direito, do poder, do Estado. Queriam um Estado popular, um amplo Estado social.
Marx, no livro “O dezoito de brumário de Luís Bonaparte” (1852), cita, como “heróis” da “grande Revolução Francesa”, homens como “Desmoulins, Danton, Robespierre, Saint-Just e Napoleão”. Estes cinco expoentes tinham religiosidade.
Há centenas ou milhares de autores, na mesma linha, frise-se.
Danton confessou-se pouco antes de morrer.
Robespierre, que tinha como amigos alguns padres, criou a festa do “Ser Supremo” e queria implantar uma “religião civil” (cristã deísta), estatal, nos moldes do credo de Rousseau, exposto pela boca de um vigário católico.
Saint-Just era a mão direita de Robespierre e seguia também os passos de Rousseau, jusnaturalista e com grande religiosidade.
Napoleão reconciliou oficialmente a Revolução com a Igreja, através da Concordata de 1801, e difundiu os ideais da Revolução por toda a Europa, sendo elogiado por Marx e Engels, por este feito.