Lendo as cartas do economista Ricardo, que faleceu lá por 1823, fica claro que Ricardo, James Mill, McCulloch, Malthus, J.B. Say representam as ideias do liberalismo econômico.
A principal ideia é que o Estado não deve ter ingerência, controle e participação na economia, nas relações de produção. Outra ideia chave é que os ricos são os motores do crescimento econômico, ou seja, o elogio dos capitalistas, dos ultra ricos.
Estas ideias principais do liberalismo econômico nascem com o economicismo dos fisiocratas. Destes, os principais foram François Quesnay, Vincent de Gournay, Turgot e, depois, por Adam Smith.
Estas ideias liberais foram rebatidas, já durante a vida de Ricardo, pela corrente cristã católica, de Sismondi, William Cobbett, Goodwin, Villeneuve Bargemont e outros precursores de Marx.
Antes, as ideias fisiocratas foram combatidas pela Escola anterior, de marca católica, o Mercantilismo (colbertismo, Cameralistas). E por defensores das ideias de Colbert, como Mably, Morelly, Diderot, Galiani, Necker, Genovesi e outros. Na Alemanha, houve Justi e Sonnenfels, cameralistas que influenciaram a formação de Marx. E também Verri, Palmieri, James Steuart e Forbonnais.
Depois, vários autores destacaram o poder de intervenção do Estado, inclusive Napoleão III (uma besta que tentou colonizar o México, mas que, antes de assumir o poder, escreveu bons textos sobre a erradicação da miséria e intervenção do Estado), Bismarck, Buchez e outros.
Os católicos e os socialistas democráticos e possibilistas, tal como os trabalhistas e os socialistas de cátedra, defenderam a extensa intervenção estatal, para controlar as forças produtivas, as relações de produção.