Pio XII, num discurso de 28.02.1957, explicou o universalismo católico: a Igreja sempre procura distinguir o bem do mal, mantendo e ampliando o bem comum na história. A Igreja sempre acata o trigo, separando o joio, ficando com as boas ideias da humanidade, sopradas pelo Espírito, pelo Fogo que arde nos corações.
O método de abertura às verdades implica em “conservar” “em vida” tudo “aquilo que os séculos demonstraram ser bom e fecundo”, as boas tradições.
A Igreja rejeita a “fossilização” de “formas ultrapassadas pelos tempos”.
Assim, o amor às boas “tradições” “não impede absolutamente em nada o justo e feliz progresso”, sendo um “poderoso estímulo para perseverar no caminho seguro”, evitando, assim, “declínios”.
A evolução fica patente nas ciências e artes, especialmente na ciência jurídica, na evolução das normas jurídicas positivas, que são como as idéias científicas positivas, que vão sendo melhoradas com o tempo, pela força do diálogo.
As idéias científicas têm validade na medida em que explicam e são adequadas com a realidade, ou seja, valem pela veracidade das idéias expressas.
O mesmo se aplica às leis positivas. Estas valem pelo conteúdo ético, na medida em que são verdadeiras, em harmonia com as idéias da sociedade. Em outras palavras, na medida em que protegem, promovem e realizam o bem comum.
As idéias práticas das pessoas visam o bem pessoal destas e, da mesma forma, a consciência social, formada pelas idéias consensuais e complementares, em regra, reflete as idéias requeridas pelo bem comum.