Até o Conde de Paris, descendente dos Capetos, reconheceu ligação entre catolicismo e Democracia popular e humanista

Enfim, a relação entre cristianismo e democracia popular foi reconhecida até mesmo por Henrique (1908-1999), chamado o Conde de Paris (houve outros, antes, como Luís Filipe Alberto de Órleans, n. em 1838), o herdeiro da família dos Capetos e dos orleanistas, descendente de Luís IX, Henrique IV e Luís XIV.

A dinastia dos capetos governou a França por uns 800 anos, descendendo de Hugo de Capeto, que assumiu o poder em 987.

Para mostrar que até os membros das famílias dinásticas aprendem (lentamente…), o Conde de Paris, no livro “A monarquia de amanhã” (Lisboa, Ed. Gama, 1948, texto no prefácio, p. XXIV), reconheceu que

“a autoridade e o poder têm em Deus a sua origem, mas o suporte terreno dessa autoridade só pode ser, evidentemente, o conjunto de homens que vivem na sociedade; emana, pois, do povo”.

O Conde de Paris também admitiu que “o cristão que se ordena ao bem comum e o democrata humanista que se ordena ao interesse geral encontra-se, lado a lado, nas suas esperanças temporais e políticas”.