A ação correta e a intervenção do Estado não anula a liberdade pessoal, e sim a amplia, como a ação de Deus, a graça

A liberdade humana é ampliada pelo concurso da “graça”, que é a ação do Espírito Santo, em nós e no mundo.

A ação planificadora divina é o melhor exemplo para uma boa planificação (planos, regulamentos e leis positivas) estatal e social, que considera a liberdade como parte essencial, agindo em concurso, cooperação, colaboração, sinergia, ação combinada e convergente. A economia divina é uma economia mista, parte divina e parte pessoal, em sinergia. 

Deus faz chover as graças (“moções” e “luzes”) de acordo com as necessidades de cada pessoa, dando inclusive, nisto como em tudo o que Deus faz, um bom exemplo ao Estado e para cada um de nós.

Como explicou Pio XII, na “Mystici Corporis Christi” (n. 16), mesmo os sacramentos (tal como a graça), são meios de santificação (de melhoria ética, intelectual) que “proveem abundancialissimamente às necessidades sociais” das pessoas.

São formas de atender às necessidades naturais das pessoas, para restaurar a criação, renovando-a, como faz o fermento, por dentro, por inculturação (ou como o nascimento de uma semente, a seiva nas plantas etc).

Como explicou um grande teólogo que virou Cardeal, em “Sobrenatural”, Deus age no mundo também diretamente, sem precisar dos sacramentos. Os sacramentos são uma via especial, mas não única.