A Igreja luta por igualdade social, como fica claro em textos papais, como, por exemplo, a alocução “O genuíno significado da libertação cristã” (Roma, 31.07.1974), do papa Paulo VI. Neste documento, este papa destacava que coincide “o conceito de libertação com o de salvação; e assim se compreende como possa falar-se de teologia da libertação”.
O Papa Paulo VI lembrou que a concepção social da Igreja “proíbe-nos cristalizarmos o aspecto estático das condições humanas quando estas fomentam a desigualdade e a riqueza egoísta”.
Logo, a doutrina da Igreja condena as cristalizações jurídicas e econômicas de estruturas más, como o latifúndio, os monopólios e o próprio conceito de capital e de propriedade quiritária.
Esta foi a linha do melhor da doutrina social da Igreja, a linha de Borne, Buchez, Leroux, Ozanam, Dupanloup, Lacordaire, do bispo Ketteler, de Tocqueville, Mun, de Manning, Toniolo, Pesch, Maritain, Mounier, Thomas Merton e de muitos outros expoentes da doutrina social da Igreja e do socialismo utópico, de feição cristã (“pré-marxista”, vindo antes de Marx, cf. lições do padre Fernando Bastos de Ávila).