Alexander Pope (1688-1744) foi um grande católico que influenciou Voltaire e Rousseau, que leram seu livro “Ensaio do homem”, traduzido para o Brasil em 1821.
Pope já ensinava que “o interesse individual é sempre quimérico [falso, não-autêntico], quando não tem por base a justiça do interesse público”, quando não está em adequação com o bem comum. Em outros termos, deve haver economia mista, intervenção estatal para adequar as liberdades individuais ao bem comum.
Pope difundiu o amor pela Paidéia na Inglaterra, numa linha próxima de outro grande católico, Nicolas Boileau (1636-1711), na França.
Boileau tinha, a seu lado, homens como La Bruyère, La Fontaine, Fénelon, o abade Dubos e outros.
O classicismo foi também destacado por Jacques Benigno Bossuet (1627-1704) e Fénelon.
Pope difundiu textos de Cícero, Quintiliano, Dryden (outro grande católico inglês), Aristóteles e outros autores.
O católico Pope escreveu obras como “Sobre o homem” e “Ensaio sobre a crítica”, cunhando frases como “errar é humano, perdoar é divino”.
Pope foi um dos principais precursores do neoclassicismo (e do aprofundamento da democracia), a corrente literária e artística do iluminismo. Foi também uma das principais fontes dos melhores textos de Voltaire e de outros “filósofos” do século XVIII. É uma das fontes católicas do melhor do iluminismo. O melhor do iluminismo tem bases católicas, e não são nunca bases do ateísmo.