A boa síntese de Cícero, entre platonismo, aristotelismo e estoicismo. A base da Filosofia cristã

Santo Agostinho, tal como Santo Ambrósio e São Jerônimo, apreciava os melhores textos de Cícero e de Sêneca.

O próprio Cícero seguia os passos dos “peripatéticos” (da escola de Aristóteles) e dos estoicos, como ele mesmo diz no primeiro parágrafo de seu livro “Dos deveres” (“De Officiis”, São Paulo, Ed. Saraiva, 1965, p. 27), onde escreveu:

“meu filho,… não deixe também de ler minhas obras, nas quais a doutrina pouco difere da dos peripatéticos, pois, eles e eu nos ligamos a Sócrates e a Platão. Use seu próprio pensamento, quando se tratar da essência das coisas” e “aos estoicos [especialmente Panécio], aos acadêmicos, aos Peripatéticos cabem nos ensinar deveres” (p. 29), concluindo que “seguiremos, de preferência, os estoicos, mas sem servilismo, como é nosso costume; nós nos saciaremos em suas fontes, quando julgarmos apropriado, mas não abdicaremos nosso ponto de vista, nosso juízo e nosso arbítrio”.