O trabalho da consciência (da razão natural) em interação com a natureza, como foi bem destacado por Hegel, opera no tempo, na história, com a ajuda da Graça, pois o Espírito Santo atua em toda parte e em todas as conciência.
A doutrina da Igreja, como lembrou Leão XIII na “Aeterni Patris” (1879), valoriza “o patrimônio da antiga sabedoria”, desenvolvendo-se sobre sólida base acumulativa, sobre o acervo da antiguidade (da Paidéia e da Bíblia).
O patrimônio histórico e cultural é o acervo da civilização, o acúmulo da cultura, formando o caráter de cada família, bairro, cidade, região, país e continente.
Como explicou o Concílio Vaticano I, em 1870, na Sessão III, c. 4, sobre as relações entre a razão (“a cultura das ciências e das artes”) e a fé:
“Tão longe está a Igreja de opor-se à cultura das ciências e das artes que, muito pelo contrário, de mil modos a auxilia e promove. Ela não ignora nem menospreza as vantagens que daí derivam para a vida humana; afirma, ao contrário, que, do mesmo modo que vêm de Deus, senhor das ciências, assim, cultivadas como convém, com a sua graça, a Ele nos levam”.