Francisco I, discurso 04.04.2017, defende economia mista, “integrar as dimensões individual e comunitária”, numa boa síntese

Disse Francisco I, no Sínodo Mundial – “Depois, trata-se ainda de integrar as dimensões individual e comunitária. É inegável que somos filhos de uma cultura, pelo menos no mundo ocidental, que exaltou o indivíduo até o transformar numa ilha [capitalismo], como se pudéssemos ser felizes sozinhos. Por outro lado, não faltam visões ideológicas e poderes políticos que esmagaram a pessoa, que a massificaram e privaram da liberdade [nazismo e estalinismo] sem a qual o homem já não se sente tal. Nesta massificação estão interessados também poderes econômicos que querem explorar a globalização, em vez de favorecer uma maior partilha entre os homens, simplesmente para impor um mercado global do qual são eles mesmos que ditam as regras e obtêm os lucros. O eu e a comunidade [sociedade] não são concorrentes entre si, mas o eu só poderá amadurecer na presença de relacionamentos interpessoais autênticos, e a comunidade só será geradora quando o forem todos e cada um dos seus componentes. Isto é válido ainda mais para a família, que constitui a primeira célula da sociedade e na qual aprendemos a viver juntos”.

Em síntese – nem capitalismo e nem comunismo. O correto é economia mista, uma boa síntese, com múltiplas formas de propriedade, de posse, com boas estatais, cooperativismo, economia mista, Estado social amplo, Democracia participativa-popular etc.