A sacralidade da consciência, cf. Cardeal John Henry Newman

O Cardeal John Henry Newman (1801-1890), um dos maiores cardeais católicos ingleses, soube explicar que a voz da consciência é a voz da verdade.

É, assim, a voz do povo, sendo também o eco da voz de Deus (a voz da consciência é também a voz dos afetos e dos instintos, em harmonia com a voz da razão).

João Paulo II, no discurso em homenagem ao centenário do Cardeal Newman, em 23.06.1990, destacou que Newman explicou que “a consciência” é “o respeito de si mesmo”, o “bom gosto, que se forma com a cultura geral, a educação e os costumes sociais”, tal como “o eco da voz de Deus dentro do coração [consciência]” do ser humano.

O ideal da educação e da política – clássica (Paidéia) e cristã – como foi demonstrado por Dupanloup (e também pelo Cardeal Edward Manning, 1808-1892), é formar pessoas com “devoção sem reservas à coisa pública, à coletividade, à pátria”, pessoas devotas ao bem comum, com “força espiritual”, “animadas”, “investidas” de “autoridade moral” (cf. “Réflexions sur l´Elite”, de E. Mercier, em “Revue des deux mondes”, 1928).

Pessoas com coração, com inteligência e afetos, que se compadecem com os oprimidos e buscam o bem comum, formas de prover às necessidades de todos.