O ideal histórico concreto da Democracia popular-participativa, Estado social amplo, economia mista

A linha da democracia popular é a linha luminosa que perpassa os grandes pensadores da Antiguidade e da Igreja.

Esta linha estava presente nos católicos que participaram do surgimento do socialismo pré-marxista na França, no Partido do Centro na Alemanha, na Bélgica, na Irlanda etc. Estava presente nos católicos que militaram na Resistência Francesa, Italiana e Alemã, onde católicos marcharam ao lado de socialistas e mesmo comunistas contra o nazismo e o fascismo.

Esta linha também era a linha dos leigos católicos e de parte relevante do clero, na Revolução Francesa.

A mesma linha está presente nos primeiros cristãos, elogiados inclusive por Marx e Engels, tal como está nos Santos Padres e no tomismo.

Num parêntese, o tomismo influenciou inclusive bispos anglicanos, como pode ser visto nos livros do bispo de Oxford, Kenneth Kirk (1886-1954), em obras como “Alguns problemas de teologia moral” (1920).

A explicitação destas idéias pró-democracia popular-social foi feita principalmente nos textos de Karl Rahner (1904-1984), tal como em grandes expoentes como: Alceu Amoroso Lima, Plínio de Arruda Sampaio; Frei Betto; Francisco Whitaker; o padre Louis Joseph Lebret (1897-1966); o padre Houtard (de Louvain); Monsenhor Pietro Pavan; o padre Loew; Desroches; Haubtmann; Suavet; Marcel Barbu; Gatheron; o padre Riquet; Jean Guitton (1901-1999), o padre dominicano Joseph Vincent Ducatillon (elogiado por Prestes e por Benjamin Vargas, lá por 1944); o cardeal Frings; o padre Arrupe; o Cardeal Lercaro; o cardeal Suhard; o cardeal Suenens; o cardeal Köenig; o Cardeal Charles Journet; o cardeal Jean Daniélou; o Cardeal Carlo Maria Martini; Dom Oscar Romero (assassinado em 2405.1980); Dom Hélder; o Cardeal Jean-Marie Lustiger (1927-2007, arcebispo de Paris, judeu convertido); e milhões de leigos, especialmente os ligados ao comunitarismo de Mounier e aos católicos ligados a Thomas Merton.