A ampliação do papel do Estado na economia foi sempre recomendada por juristas ligados à Igreja.
Um bom exemplo é Dalmo de Abreu Dallari, que escreveu, no livro “O renascer do Direito” (São Paulo, editor José Bushatsky, 1976, p. 174): “um dado comum a todas as experiências é a publicização das atividades sociais, que leva, necessariamente, à publicização do próprio direito”, “em lugar de ser um processo de anulação dos valores individuais, é, precisamente, um meio de fazer com que a organização social atue mais eficazmente a serviço do indivíduo, mas de todos os indivíduos”.
Neste texto, Dalmo Dallari (tal como seu filho, Pedro Dallari) defendia um sistema misto de parlamentarismo-presidencialista, no que seguia os modelos da França, Itália e Alemanha.
Este sistema possibilitaria uma atuação mais eficaz do Estado na planificação da economia e o controle do Executivo pelo povo, mediante o Parlamento e formas diretas de democracia.
Dalmo defendia e defende Democracia participativa, Estado social, uma economia mista, planificada, sem monopólios privados e grandes fortunas, sem latifúndios etc.