Sismondi, um grande distributista cristão, crítico do capitalismo, precursor das melhores ideias de Marx, escreveu uma obra com 16 volumes denominada “História das Repúblicas italianas na Idade Média”, editada em Paris, em 1826, elogiando as velhas repúblicas católicas de Pisa (desde 1085), de Milão (1097), de Arezzo (1098), de Luca (1125), de Bolonha (1125), de Siena (1125) etc.
Em quase todas houve uma forma consular (eleição de cônsules, como em Roma) e depois houve eleição de prefeitos denominados Podestà (de “potestas”, poder, o povo delegava a alguém o poder, este magistrado assumia o nome de Podestà.
O mandato era de seis meses a um ano e havia o Conselho que elegia o Podestà, com 600 membros mais ou menos. No término do mandato, o Podestà tinha que prestar contas.
No século XII, quase todas as cidades do norte da Itália adotavam esta forma de autogoverno republicana.
São Francisco de Assis, em 1220, escreveu uma carta aos governantes dos povos, onde inicia dizendo: “a todos os podestás, cônsules, juizes e regentes no mundo inteiro”.
O termo juízes vem da Bíblia, especialmente do capítulo 18 do “Êxodo”. Maquiavel, em suas obras políticas, descreve o funcionamento de várias cidades italianas, com instituições republicanas, democráticas.