O “Manifesto” da CNBB, de 01.05.1963, defendia as reformas populares de base (agrária, tributária, educacional, eleitoral e na estrutura das empresas, ampliando sempre o poder dos trabalhadores) que eram a bandeira de João Goulart.
João Goulart foi um dos Presidentes que mais citou, em seus discursos, textos papais, especialmente textos de João XXIII.
No “Manifesto” da CNBB, de 1963, os Cardeais e os principais arcebispos brasileiros diziam:
“nossa ordem é, ainda, viciada pela pesada carga de uma tradição capitalista, que dominou o Ocidente nos séculos passados. É uma ordem de coisas na qual o poder econômico, o dinheiro, ainda detém a última instância das decisões econômicas, políticas e sociais” (cf. texto publicado no “Jornal do Brasil”, de 03.05.1963, o 1º. Caderno, p. 10).
A cúpula do Clero brasileiro queria “ampliar o número de cidadãos” que participam na “vida pública”, especialmente dando voto aos analfabetos.
O núcleo da “reforma administrativa” visava reforçar a burocracia para que esta fosse “um meio para realizar os destinos históricos” do povo, especificamente estabelecendo regras que obrigassem a que todos os agentes públicos fossem “servidores do povo”, melhorando o “regime democrático”, criando uma democracia participativa, social e popular, Economia mista, Estado social etc.