O próprio Peter Drucker, no livro “Sociedade pós-capitalista” (São Paulo, Ed. Pioneira, 1999), tem esta conclusão. No século XIX, as jornadas eram de 3.000 horas por ano. Depois, encurtaram para 1800. O ideal seria algo em torno de 1.000 horas, com algo como 1.150 como transição.
Um ano tem 365 dias. Cada dia tem 24 horas. 365 vezes 24 é igual a 8.760 horas. Então, temos 8.760 horas para vivermos, a cada ano. Destas 8.760, bastam e sobram umas mil para o trabalho produtivo, para manter e melhorar a sociedade. Cada ano tem 52 semanas. Se cada trabalhador tiver seis semanas de férias (um mês e meio), terá 46 semanas de trabalho. Com uma jornada de 30 horas por semana (semana inglesa de cinco dias, com jornada de seis horas), cada trabalhador terá jornada de 1.380 horas por ano. Se a jornada for de cinco horas por dia, terá 1.150 horas.
Jornadas pequenas. Gerência profissional, participativa, eleita. E cada empresa com uma estrutura cooperativa, comunidades de trabalho, com estações de trabalho, amplos direitos trabalhistas, autonomia, decisões tomadas por trabalhadores. Trabalho intelectual. No fundo, uma boa economia mista com Estado social, com Democracia popular-real, participativa.
O próprio Peter Drucker acha que é assim que deve ser uma sociedade pós-capitalista, que supere o capitalismo, que crie uma síntese (ecletismo) do melhor que existe em toda a parte.