Pagar menos que um salário mínimo é extração hiper iníqua da mais valia. Mesmo nos EUA é crime que gera uns dez meses de prisão. Por exemplo, se um empregador pagar três dólares a hora para um trabalhador embalar livros e CDs estará cometendo um crime, apenado com cerca de dez meses. O salário mínimo nos EUA é de cerca de nove dólares a hora de trabalho. Durante muitos anos, da década de 70 (Nixon) a década de 90, o salário mínimo, nos EUA, foi uma quantia irrisória.
Na Europa, o Estado social é bem mais forte e paga bem mais que nos EUA.
Da mesma forma, nos EUA, o seguro-desemprego dura 26 meses, mais de dois anos. Na Europa, bem mais. No Brasil, apenas seis meses.
O correto seria que fosse criado um tipo penal para incriminar os patrões que pagassem menos que o salário mínimo, como ocorre nos EUA. E que o seguro-desemprego fosse ampliado para patamares europeus.
A jornada de trabalho, nos EUA, é de sete horas por dia. Inicia às 9h até meio dia; tem uma hora para almoço e depois vai até as 17 horas. Total de sete horas. O mesmo na França e em boa parte da Europa. O correto é diminuir a jornada de trabalho, no Brasil, para sete horas, semana de cinco dias. E depois, diminuir para seis horas, sem redução de remuneração. E deveria ser criada uma forma de estabilidade no emprego, nos moldes dos servidores. Só permitir demissão por justa causa. Se for sem justa causa, só por causas bem específicas e legais, e com gorda remuneração, punitiva para a demissão sem causa.
Estas medidas inibem a luta de classe. E levam à transformação gradual do contrato de trabalho em contrato de sociedade (elementos do contrato de sociedade devem ser inseridos nas relações trabalhistas), para gerar uma sociedade com primado do trabalho, cooperativa, de economia mista.