A Igreja sempre adotou uma filosofia eclética, chamada de filosofia cristã, uma mistura, um bom ecletismo. Por isso, a Igreja teve em grande apreço a figura e os textos de pensadores como Victor Cousin, amigo de Ampere (ótimo católico), de Hegel e outros.
Um dos melhores hegelianos, Augusto Veras, conciliava Platão, Aristóteles e Hegel, numa boa síntese.
Antônio Genovesi, Rosmini, Manzoni, Giovanni Reale e outros mostram a linha do bom ecletismo católico.
A Igreja ama a razão e as emoções (paixões); ama o raciocínio indutivo e o dedutivo (o que há de bom no empirismo e no racionalismo); a Igreja ama a natureza e o espírito; ama a liberdade e a autoridade; a arte e a frugalidade; as estatais e regras públicas da economia, a intervenção estatal na economia, tal como as pequenas empresas, o empreendedorismo, a pequena burguesia, os técnicos, os artesãos, os artistas, os escritores, os servidores públicos, as cooperativas, enfim, economia mista; a Igreja gosta do que há de bom no presidencialismo e no parlamentarismo, numa linha que Paulo Bonavides explica.
A Igreja, como Hegel, ama as sínteses entre os contrários, depura o joio, mantém o trigo.