O Conde de Mun, o bisneto de Helvetius. Bom exemplo da doutrina social da Igreja

O Conde Albert de Mun, o bisneto de Helvétius, foi um dos expoentes da doutrina social da Igreja. Na França, foi deputado federal várias vezes. Na sessão de 09.12.1891, ele disse boas palavras sobre o genro de Karl Marx, Paul Lafargue e sobre o socialismo. Vejamos o que De Mun disse:

“Estou de acordo com os socialistas, com o que agora mesmo estava na tribuna [discursando, Paul Lafargue, genro de Marx], sobre a crítica da ordem econômica, assim como, também, sobre um grande número de reformas sociais diariamente reclamadas pelos trabalhadores”. 

A Escola de Liège, na França e na Bélgica, defendia economia mista, vasta intervenção estatal, a favor dos trabalhadores. 

Leão XIII escreveu carta ao Conde de Mun, em 07.02.1893, elogiando os esforços do Partido católico. O Cardeal Rampolla, o Secretário de Estado de Leão XIII, escreveu carta ao Conde de Mun, em 09.05.1894, apoiando o “Partido Social cristão”, a Escola de Liège e os discursos e projetos do Conde de Mun. 

Francesco Nitti, no livro “Socialismo católico”, no final do século XIX, ataca o “socialismo católico do Conde de Mun”. Na Ástria, Vogelsang defendia também vasta intervenção estatal, economia mista, o Estado ao serviço dos trabalhadores. O mesmo fazia o bispo Ketteler, na Alemanha, um bispo elogiado publicamente por Lassalle, o chefe principal do Partido Social Democrático, Comunista, na Alemanha, naquela época. 

Emílio Zola, no livro “Roma”, descreve a formação da Doutrina social da Igreja, elogiando vários expoentes católicos.