Alceu Amoroso Lima, no artigo “A desconcentração econômica” (12.11.1973), repetia a antiga fórmula que ele já defendia no livro “Política” (1932), baseado na “Quadragesimo anno” (1931), de Pio XI.
Queria uma economia mista, distributista, pautada pela máxima bíblica “a cada um de acordo com suas necessidades”, que Marx tirou da Bíblia (de “Atos dos Apóstolos”, capítulos 2 e 4).
Queria “intervenção do Estado na economia”, não para estatizar tudo, mas sim apenas parte. A parte referente aos “ramos econômicos que exigem, por natureza, a concentração econômica, como as minas, a eletricidade, os transportes etc”, “que devem ficar na mão do Estado, e por ele”, o Estado, “severamente controlados”. Alceu defendia “desconcentração econômica”, via ampla intervenção do Estado, “um Estado forte, controlando a justa distribuição da riqueza nacional, como sua tarefa primordial”.
É o que também defendo. Estado social ampliado, sob controle do povo organizado, com amplo cooperativismo, estatais, distributismo (moradia para todos, renda para todos, jornada pequena de trabalho para todos etc).