O livro de Walter Block, “Defendendo o indefensável” (do horrendo Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010), expõe a corrente libertariana, ou seja, ultraliberal, extremistas neoliberais. Block é um dos discípulos da horrenda Ayn Rand, uma militante neoliberal extremista nos EUA. Há um partido dos libertarianos nos EUA, que chega a superar os erros do Tea Party, da direita dos republicanos.
Na página 26, Block ataca a Igreja, destacando que os textos das “Cartas pastorais dos bispos católicos dos Estados Unidos”, os textos da “Conferência Canadense de Bispos Católicos” e das “Encíclicas Papais” são “o oposto completo” do neoliberalismo. Nisso, Block está certo. O mesmo Ludwig von Mises demonstrou este ponto no livro “Ação humana”, sua obra mais importante.
No livro de Block, ele simplesmente defende, como coisas positivas, manifestações da liberdade econômica: a prostituição, o lenocínio (o papel dos cafetões), o tráfico particular de drogas, os cambistas (que fraudam o câmbio, vendendo divisas estrangeiras livremente), os motoristas de táxi clandestinos, os agiotas (liberdade para emprestar dinheiro, sem limites), os especuladores etc.
Chega a defender o “empregador de mão de obra infantil”, a exploração empresarial do trabalho infantil, o que mostra a aberração dos neoliberais. Ataca as leis ambientais, defendendo o direito de jogar lixo onde a pessoa quiser. Também defende até os chantagistas e mesmo a figura do “policial desonesto”. Faz ardorosa apologia do direito de herança, contra os impostos sobre heranças etc.
Para os neoliberais, o Estado é o inimigo. A mesma posição dos anarquistas. Com a diferença, como será mostrando em outras postagens, que os anarquistas defendiam os artesãos, os pequenos fabricantes, os pequenos comerciantes etc, ou seja, os pequenos negócios. Os libertarianos são defensores dos interesses dos ultra ricos.