“Inimigos, uma história do FBI”, de Tim Weiner, ed. Record.

O livro de Tim Weiner, do jornal “New York Times”, é a história (biografia de Hoover) do FBI, que é, principalmente, uma agência de inteligência, e não uma agência de polícia. O FBI, de certo modo, superou a ANS, a CIA, a Agência de Inteligência de Defesa e outras. Supera em muito o DEA etc. O FBI é uma mistura de KGB com Gestapo.

A arma mais poderosa do FBI sempre foi o recrutamento ou infiltração, criando agentes duplos (X 9). Infiltrar por agentes disfarçados ou cooptando informantes, criando infiltrados, e depois semear mentiras (desinformação, intrigas) e mesmo instigar condutas ilícitas para prender em flagrante (agentes provocadores). Plantar infiltrados era a base do Programa de Contra-inteligência (ConIntelopro), a arma mais poderosa da inteligência.

Como a CIA, a arma suprema era sempre a corrupção de alguém dentro da organização a ser espionada, cooptando, criando informantes, infiltrados, X 9. 

O FBI chegou a ter infiltrados em Moscou, infiltrados no Partido Comunista, na Ku Klux Khan, nos Panteras, nas lideranças do movimento negro etc.