Erros graves e crassos de Freud

No livro “Uma breve história da psicanálise”, Freud escreveu: “nossa mente não é nenhuma unidade tranquilamente autocontida. A mente é mais comparável a um Estado moderno, em que uma ralé, ávida por diversão e destruição, tem que ser refreada e contida à força por uma prudente classe superior”.

Ou seja, o inconsciente é comparado à ralé, ao povo, no sentido depreciativo. O inconsciente seria a parte “perversa” da mente, que deve ser objeto de repressão e domínio. A “classe superior” seria autocontida, prudente e usaria o Estado para refrear e conter o povo, a ralé.

A imagem usada por Freud mostra claramente o viés de classe superior. Os clientes de Freud eram ricos e o freudismo dependia dos ricos, com problemas afetivos e sexuais. E o povo era a ralé, uma besta, “ávida por diversão e destruição”.  A cumplicidade do freudismo com o capitalismo fica evidente nestas e em outros textos.