A regra ética mais importante para o Estado, a sociedade e para as pessoas é o princípio da destinação universal dos bens, que é o ideal (a idéia-força) do bem comum, decorrente do princípio da dignidade (da sacralidade) do ser humano.
A regra geral é simples: todos os bens naturais e sobrenaturais (moções, graças) têm uma finalidade (destinação) intrínseca: servirem para a plenitude da vida humana, de todas as pessoas, pois todas as pessoas são sagradas, são imagens de Deus, são filhos de Deus.
Nos termos de Santo Tomás: “o primeiro princípio da razão prática está fundamentado sobre a razão do bem e é o seguinte: o bem deve ser praticado e procurado, o mal deve ser evitado” (cf. “Suma Teológica”, I-II, q. 94, art. II). O bem moral exige a difusão dos bens materiais e espirituais para todos, para assegurar vida plena para cada pessoa, tanto o bem temporal quanto o bem eterno.
O preceito (regra, princípio) da difusão do bem é a base da ética, sobre o qual “estão fundamentados todos os demais preceitos da lei da natureza”.