“Um marido ideal”, uma peça linda de Oscar Wilde

A peça “Um marido ideal” (Rio, Ed. Ediouro, 2001), de Oscar Wilde, é uma das melhores peças que já li. Tem trechos inteligentes como “informações confidenciais são praticamente a origem de todas as grandes fortunais atuais”.

Trata de corrupção, de venda de segredos estatais, de grandes capitalistas investindo em obras e projetos, como o Canal de Suez, o Panamá, um canal na Argentina etc. E ainda tem trechos lindos como: “o que eu sei é que a vida não pode ser compreendida sem muita caridade, não pode ser vivida sem muita caridade. É o amor, e não a filosofia alemã, que explica este mundo, seja qual for a explicação do outro mundo”.

Lendo a peça, entendo a razão de Oscar Wilde ter morrido como católico, e ter escrito o livro “De profundis”.