O Diário de FHC (os três volumes…) mostra claramente como ele aderiu ao neoliberalismo, fazendo um governo neoliberal. Isso foi destacado por Cândido Mendes, por vários políticos que o criticaram. FHC entregou várias estatais importantes, desmantelando o Estado brasileiro.
O Estado brasileiro retomou sua organização a partir da década de 20, com a Reforma Constitucional feita pelo Presidente Arthur Bernardes, reforçando a União, dando a esta o direito de elaborar uma legislação operária, previdenciária etc. Depois, veio o getulismo, apoiado pela Igreja.
O getulismo é o trabalhismo, o nacionalismo, o populismo, a ideia de um grande Estado social, de proteção aos trabalhadores, aos doentes, aos idosos, aos índios, aos negros etc.
Esta linha trabalhista foi mantida no governo de Juscelino Kubitschek (não tanto, por causa de gente ruim como Roberto Campos e outros) e no governo de João Goulart. Foi interrompida pelo golpe de 64 (no fundo, a repetição do golpe de 1945 e de 1954), sendo retomada pelos governos de Lula e Dilma.
Uma boa crítica ao governo de FHC foi feita por Itamar Franco, quando disse que, no governo de FHC, quem mandava no Ministério da Fazenda (Malan) era Stanley Fischer (o FMI) e quem mandava no BACEN (Armínio Fraga) era Georges Soros. Enfim, o grande capital financeiro internacional dava as cartas. A agiotagem internacional dava às cartas, como atua hoje no desgoverno de temer. Itamar se esqueceu de Robert Rubin, Ministro da Fazenda dos EUA, em 1999, que também praticamente controlava FHC, em longos telefonemas e nas reuniões em Davos.