Ser ético é usar a luz natural da razão, usar a cabeça, a tal massa cinzenta

Segundo a lição de Santo Afonso de Ligório, um dos 35 Doutores da Igreja e Patrono da Teologia Moral, no seu livro brilhante, “Teologia moral”, deve-se “antepor a razão à autoridade”.

A razão para isso é simples, diz Afonso de Ligório – porque “não se deve impor nada aos homens” “a não ser que a razão a isso leve com evidência” e a liberdade (agir de acordo com a consciência, com a razão) é boa e salvífica. A grande missão dos confessores e do clero, tal como dos pais, amigos e do Estado (e até das esposas….e filho) é a “construir e plantar” (Jr 1,10) “as virtudes”, ou seja, fazer florescer boas ideias práticas racionais, razoáveis, na mente das pessoas. Em outras palavras, motivar boas obras racionais em prol do bem comum, pois este é o conceito do termo “virtude”, no sentido objetivo.