O elogio constante da Igreja aos grandes filósofos da humanidade, como Cícero, os estoicos, Platão e outros

Como explicou Pio XI, na “Urbi Arcano” (27.12.1922), os primeiros princípios são “os princípios de justiça, que os próprios filósofos pagãos, como Cícero, reconheceram”, chamando-os de “lei eterna” (“eterna” por vim do Eterno, de Deus), “lei universal”, “comum a todos” (daí, “common law), de “lei natural”. Dentre os jusnaturalistas, há estrelas como: Sófocles, Protágoras, Heráclito, Sócrates, Platão, Xenofonte (autor de “Hieron” ou “Da tirania”), Pitágoras, Anaxágoras, os cínicos, os estóicos, os epicureus, Cícero, Plutarco e centenas de outros grandes escritores, formando a parte mais relevante da Paidéia, incorporada pelo cristianismo, como explicou Werner Jaeger, em suas boas obras.

Como ensinaram os Santos Padres e os grandes escolásticos, a expressão “lei natural”, no sentido estrito, significa “os primeiros princípios da razão prática, evidentes pelos termos, ou as conclusões que necessariamente se seguem deles” (cf. Duns Scotus), em outras palavras, as ideias práticas da pessoa comum, dos trabalhadores.

Em sentido lato (amplo), pertence à lei natural tudo que tem consonância com os primeiros princípios, ou seja, com os princípios gerais de ética e de direito, comuns a todas as pessoas e povos. Os princípios atuam como uma luz geral que produz outras normas (regras) menores. Os primeiros princípios são evidentes e estão presentes na maior parte das pessoas, no povo. 

Conclusão: lei natural são as ideias práticas do povo, a constante entre as variabilidade humana, a média, as ideias normais e cotidianas do povo, as ideias mais comezinhas e simples, compartilhadas até pelas crianças.