Buchez e Villeneuve-Bargemont, dois precursores da doutrina social da Igreja

Villeneuve-Bargemont (1784-1850), no livro “Tratado de economia política cristã” (1834, obra lida pelo jovem Marx) defendeu a intervenção estatal na economia e leis sociais. Ele também “preconizava o estabelecimento de colônias agrícolas com o concurso do Estado” (Gustavo Corção, “O século do nada”, São Paulo, Ed. Record, sem data, cf. p. 147).

O papel de Buchez, o “chefe do socialismo católico” (cf. Marx) na difusão das idéias cooperativistas com apoio do Estado foi reconhecido várias vezes por Karl Marx. Karl, em várias obras e cartas, destacou que Lassale seguia as idéias de Buchez, também adotadas por Ketteler, fórmulas de democracia popular, social, que ainda hoje subsistem. O apoio (subsídio, planificação, cooperativismo etc) estatal ao campesinato e a outras categorias-chaves é outro grande e antigo ponto da doutrina social da Igreja, como provam os textos de João XXIII, o papa-camponês. Agricultura boa é agricultura subsidiada, o mesmo para o ramo da pesca, dos artesões etc.