Estado deve planificar economia, dirigir, para difundir bens, atender necessidades

Pio XII, em 15.11.1946, diz que “as necessidades humanas” devem “reger”, “segundo a sua importância natural e objetiva, a vida econômica”. Em 07.03.1948, ressalta que “o fim supremo” da “economia” e a forma como ela deve ser “organizada” é “satisfazer as necessidades” de cada pessoa, assegurando “condições materiais” para assegurar a todos “o desenvolvimento da sua vida cultural e espiritual”. A frase “a cada um de acordo com suas necessidades” é bíblica, vem duas vezes no livro “Atos dos Apóstolos” (caps 2 e 4), sendo a marca registrada de uma sociedade cristã. Foi da Bíblia que Marx tirou esta frase, ponto que os marxistas escondem. 

Este mesmo papa repetia Santo Tomás, que ensinava que uma sociedade bem ordenada (organizada) deve assegurar a todos os bens suficientes, que são inclusive necessários parar os atos das virtudes (no livro “De Regimine Principum”, I, c. XV).

Em 25.03.1949, Pio XII diz que o Estado deve planificar a economia para que esta atenda “às necessidades primordiais”, “reais”, do povo. As “necessidades elementares” do povo, e não as necessidades “fictícias”, “artificiais”, falsas.

No documento “Dans la tradition” (07.06.1952), Pio XII cita Pio XI, na “Quadragesimo anno”, ressaltando que “a renda nacional” (da sociedade, titular eminente dos bens), deve ser distribuída, tal como todos os bens, para todos os membros, na medida de suas necessidades: “importa atribuir a cada um o que lhe corresponde [a medida é a necessidade de cada um] e reconduzir às normas do bem comum ou da justiça social a distribuição dos recursos deste mundo”, banindo o “contraste entre um punhado de ricos e uma multidão de indigentes”. Neste documento fica clara a equivalência entre as “normas [regras] do bem comum” e as “normas da justiça social”, que são expressões sinônimas.