A síntese do Plano de Deus

O Plano de Deus é simples: Ele cuida e melhora a cada dia da criação, de todos os seres materiais, sensíveis e racionais. Aos seres humanos cabe, na medida da fraqueza de nossos poderes/faculdades, o cuidado de nossa felicidade pessoal, de nossas famílias, de nossos amigos e vizinhos, de nossa cidade, região, país, continente e do mundo.

Todas as pessoas devem controlar os bens, devem gerir, administrar, como está na parábola do bom administrador, tal como cultivar, em outras parábolas. Esta gestão deve ser feita de forma consensual.

Cabe às pessoas o controle sobre a natureza e a história (nossas próprias vidas). Todas as pessoas devem viver pautadas na autodeterminação (ligada à virtude da “temperança”), ou seja, todos somos destinados à felicidade, à plenitude da vida humana, que é o bem geral, o bem comum.

Santo Tomás e os Santos Padres adotaram a corrente teleológica e eudemonista (“eudaimonia”) de Aristóteles e Platão. Explicaram que a finalidade da sociedade e do Estado é a proteção e a promoção da “felicidade” comum e de cada pessoa, ou seja, do bem comum (que abarca o bem pessoal, familiar e social). A felicidade significa a realização plena das potencialidades da pessoa. Estas lições estão claras em várias obras. Por exemplo, no livro “Política” (n. 1328b, 1), de Aristóteles.