Alguns bons remédios para erradicar a injustiça e a miséria, tal como as grandes fortunas privadas

Como ensinou Pio XI, na “Quadragesimo anno”, os bens que atribuem poder social excessivo devem ser estatizados e controlados pelo Estado. Por isso, a estatização dos bancos, ponto destacado por Alceu e outros católicos sociais, seria essencial. O velho padre Vieira já preconizava esta proposta. Um dos modos de combater a usura, em sua forma de juros, é criar bancos públicos, que emprestem às vezes até com juros negativos, com meras taxas de administração para pagar as custas do banco, ou com juros ínfimos. Saint-Simon, adepto de um cristianismo social, também defendia esta fórmula.

Alceu também aconselha a estatização da produção e da distribuição da energia elétrica. A re-estatização da Vale, da Companhia Siderúrgica Nacional, das telecomunicações (telefonia) e das aciarias também seria vital. Os grandes meios de transporte também deveriam ser estatais, especialmente com a ressurreição da Rede Ferroviária Federal, a re-estatização dos portos, sistemas de bondes e metrôs de superfície etc, tal como ruas dedicadas unicamente ao transporte público. Uma grande estatal para congregar todas as usinas hidrelétricas, as estações de transmissão de energia, as linhas etc. O velho sonho de estatizar de Light, o velho polvo inglês-canadense. 

Como ensinou Pio XI, na “Quadragesimo anno” (n. 114), os “princípios cristãos”, “com razão, pretendem que certos gêneros de bens sejam reservados ao Estado, quando o poderio [poder] que trazem consigo é tal, sem perigo do mesmo Estado, não podem deixar-se em mãos dos particulares”. A volta da Lloyd Brasileiro, da Cobra Computadores e de outras velhas estatais, eis alguns bons remédios para erradicar a miséria e a injustiça, no Brasil.