Prestes terminou por apoiar o getulismo popular, o trabalhismo nacionalista, anti-imperialista

No Manifesto do PCB, chamado “Por uma frente patriótica contra o fascismo”, de novembro de 1973, há o seguinte texto sobre a Igreja católica:

“A Igreja mantém suas posições combativas de defesa dos direitos humanos e denúncia do terrorismo oficial. Dentro dela, um setor significativo já propõe um programa de conteúdo anticapitalista, como se vê nos manifestos dos Bispos do Nordeste e do Centro-Oeste. Crescem as possibilidades de uma ação unitária da Igreja, das massas católicas e de outras religiões, com as demais forças antifascistas, na luta pelas reivindicações populares e democráticas”.

Numa outra entrevista, ao jornalista Cláudio Kuck, de “O Globo”, em 01.07.1979, Prestes falou sobre Getúlio: “já fizemos autocrítica… De fato, erramos em não apoiá-lo e, no final de seu governo, ele efetivamente foi nacionalista. O povo brasileiro mostrou nas urnas o que nós, comunistas, deveríamos ter feito, apoiá-lo”. Nesta mesma entrevista, elogiou Sobral Pinto: “outro brasileiro que é um dos que mais respeito e admiro é o advogado católico Sobral Pinto. Um homem notável. (…). Sempre luta contra as injustiças, aberto”. Sobral destacou-se na defesa de comunistas presos, na defesa de Juscelino e na oposição à torturas no governo militar.