Fenícios, a ponte entre os hebreus e os gregos e egípcios

Heródoto, no livro “História” (Lisboa, Ed. 70 Ltda, 2002, p. 53), ensina que os “fenícios” vieram das margens do “mar chamado Eritreu” (Vermelho, em boa parte na África), “para as margens do Mediterrâneo” e ocuparam esta “região”, de onde “empreenderam longas navegações”, transportando “mercadorias egípcias e assírias”. O termo “assírias” significa o complexo de vários povos, como assírios, persas, medas, babilônicos etc. 

Segundo Heródoto, a migração teria ocorrido em torno de 2.750 a.C, Fundaram a cidade de Tiro e, depois, Sidon, os centros da civilização fenícia. Os ensinamentos históricos de Heródoto foram também ensinados e acolhidos por Estrabão, Dionísio de Mileto e outros.

Homero, na “odisseia” (15.415) cita o comércio fenício, de origem semita. Heródoto também narra a influência fenícia na Grécia, através de Creta (Europa veio de Tiro), Tebas (colônia fenícia), Argos, Citera, Tasos e outras cidades, que difundiram a cultura fenícia-semita, com várias ideias semitas, de origem entre os rios Tigre e Eufrates e também os hebreus. A civilização grega começou apenas lá, no máximo, por 2.000 a.C., em Creta, em contato forte com o Egito, os fenícios e com a Mesopotâmia. A difusão de idéias semitas ocorre desde o início. O cristianismo fará, mais tarde, o reatamento das idéias semitas e gregas, pois as principais idéias gregas já tinham origens semitas em simbiose com a produção cultural autônoma dos gregos.