Karl Mannheim (1893 a 1947) escreveu o livro “Liberdade, poder e planificação democrática”, publicado após sua morte, em 1950. Defendeu que uma boa sociedade não deve ter extremos de riqueza e pobre, deve ser baseada na mediania, ponto em que concordo, sendo esta a tese bíblica, platônica, aristotélica e estoica. Defendeu a intervenção estatal na economia, economia mista, planificação, regras, padrões públicos para ordenar a economia, para garantir prosperidade para todos.
Defendeu uma economia mista, ficando certas indústrias básicas sob o controle do Estado, como minas, energia, transporte de massa e maciço, trustes etc. Ele queria isso por reformas pacíficas. Gostava da religião como impulsionadora de reformas e força em prol do bem comum.
No livro “Ideologia e utopia”, ataca o relativismo, mas explica que uma sociedade só se rege bem com todas as opiniões da mesma, formando boas sínteses.
Esta opinião coincide com a posição histórica de muitos judeus, inclusive antigos sionistas socialistas e do Bund, em prol de reformas pacíficas, economia mista, Estado social, democracia popular etc. Opiniões bem próximas da doutrina social da Igreja. Também coincide com as ideias de pensadores como Ota Sik, da antiga Tchecoslováquia, tendo sido inclusive Primeiro Ministro. Também eram ideias de vários países de economia mista, como Índia, Indonésia, México, Burma, Países Árabes, Egito, Síria, Brasil, Argentina etc. Pensadores como Roger Garaudy também estão nesta linha, em livros como “A alternativa”.