O bom exemplo da Ferrovia do Estato, estatal, na Itália, inteiramente do Estado. Ferrovias devem ser estatais.

A Ferrovie dello Stato (FS) é a mais importante companhia ferroviária italiana. Foi fundada em 1905. Em 12 de agosto de 1992, por decisão da Comissão Interministerial de Planejamento Econômico (CIPE), a FS foi transformada de uma empresa pública em sociedade anônima de propriedade total do Estado através do Ministério da Economia e das Finanças. É um bom exemplo. Ferrovias devem ser estatais. 
O Papa Francisco I fez um discurso, em 19 de dezembro de 2015, aos funcionários públicos da Ferrovia dello Stato:
“Agradeço ao Engenheiro Renato Mazzoncini as suas palavras; saúdo a Presidente, Senhora Ghezzi e todos vós.As Ferrovias do Estado Italiano superaram desde há dez anos [2005] um século de vida, e isto em primeiro lugar é motivo para dar graças ao Senhor. Mas é também ocasião para agradecer às muitas pessoas que trabalharam duramente para realizar a rede ferroviária na Itália: um território não fácil, que exige um grande esforço quer na fase de projetação quer na de implementação. Numerosos operários perderam a vida neste trabalho. Recordemo-los todos. E façamos com que isto — na medida em que depender de nós — nunca mais aconteça.

A história das Ferrovias italianas demonstra também uma especial atenção em relação aos mais pobres, com várias iniciativas de solidariedade, antigas e recentes. Uma destas são os Help Centers, presentes em dezenas de cidades italianas e nascidas da colaboração entre as Ferrovias, as Autoridades locais e o sector terciário. São os «balcões-antena» de atendimento, que permitem a quem está em dificuldade encontrar escuta, socorro e assistência. Todos nós teríamos necessidade destas antenas, que nos permitem captar os sinais do que acontece ao nosso redor, para conseguir compreender os sofrimentos dos outros, sem permanecer insensíveis. Estes balcões são um meio através do qual as Ferrovias querem cooperar para manter o país unido não só sob o ponto de vista geográfico, mas também a nível social, contribuindo para evitar que alguns fiquem para trás, e que se acentue a distância entre os ricos e aqueles aos quais falta tudo.

Outra iniciativa importante é a do Albergue don Luigi Di Liegro junto da Estação Termini, onde ontem abrimos a Porta da Caridade. Esta estrutura foi renovada pelas Ferrovias em colaboração com a Cáritas diocesana. Há cinco anos Bento XVI colocou a primeira pedra no começo dos trabalhos para finalizar os novos locais. O Albergue, que acolhe quotidianamente centenas de hóspedes, e está a preparar também o serviço diurno, desempenha uma obra essencial num lugar da cidade onde muitas vezes se reúnem as pessoas em busca de abrigo”.