O bloco antimonopolista na economia é a chave para a transição e uma economia do trabalho, mista, sem reificação

Uma boa economia deve ser formada por boas estatais; boas cooperativas de produção, comercialização, de crédito, moradia etc; pequenas e médias empresas familiares; artesãos; camponeses, profissionais liberais; profissionais liberais; servidores públicos; classe média ampla e planejamento participativo. Este ponto foi bem explicado por João XXIII, na “Mater et Magistra”: 

“Confirmação de uma diretriz

84. Não é possível determinar, em pormenor, quais as estruturas do sistema econômico que melhor correspondem à dignidade humana e mais eficazmente desenvolvem o sentido da responsabilidade. Contudo, o nosso predecessor Pio XII indica oportunamente esta diretriz: “A propriedade agrícola pequena e média, a artesanal e profissional, comercial e industrial, deve ser assegurada e promovida; as uniões cooperativistas devem garantir-lhes as vantagens próprias da grande exploração; e nas grandes explorações deve ficar aberta a possibilidade de suavizar o contrato de trabalho pelo contrato da sociedade”.[26]

Empresas artesanais e cooperativas de produção

85. Devem-se conservar e promover, de harmonia com o bem comum e conforme as possibilidades técnicas, a empresa artesanal, a exploração agrícola familiar, e também a empresa cooperativista, como integração das duas precedentes.

86. Mais adiante, voltaremos a falar da empresa agrícola familiar. Aqui, julgamos oportuno algumas observações acerca da empresa artesanal e das cooperativas”.